Localizada no sul da África, a Namíbia é um país com paisagens incríveis e ótima estrutura para receber turistas.
Nossa viagem pela África incluiu outros países além da Namíbia, e por isso tivemos que ficar poucos dias por lá.
Na hora de elaborar o roteiro pela Namíbia priorizamos a parte sul do país, porque queríamos visitar o Deadvlei e as famosas dunas de Sossusvlei. Assim, montamos um roteiro que passasse pelos principais pontos do sul do país.
Se você planeja visitar outras partes do país, recomendo uma conferida no blog dos queridos do Lipe, o Pequeno Viajante. Eles passaram 16 dias explorando a Namíbia.
Abaixo seguem algumas informações para te ajudar a planejar sua viagem pela Namíbia e um roteiro de três dias que compartilhamos com base no que fizemos por lá.
Sobre a Namíbia
Apesar da sua ampla extensão, sendo um dos maiores países da África, a Namíbia é um dos países menos povoados do mundo. A capital da Namíbia é Windhoek, sendo a maior cidade do país. A língua oficial do país é o inglês e a língua nativa é o afrikaans.
A Namíbia conta com traços da influência alemã herdada da colonização que perdurou até o fim da Primeira Guerra Mundial, quando a Alemanha perdeu a Namíbia para a África do Sul. A Namíbia conquistou independência da África do Sul apenas em 1990, com a nomeação de Samuel Nujoma para a presidência do país.
Como chegar na Namíbia
A capital da Namíbia, Windhoek, tem um aeroporto internacional, chamado Aeroporto Internacional Hosea Kutako. Não existem voos diretos do Brasil para lá.
Dessa forma, saindo do Brasil você terá que fazer escala em algum lugar (nós fizemos em Johannesburg) para chegar em Windhoek. De lá alugamos um carro para conhecer o país.
A melhor forma de conhecer a Namíbia é pelas estradas do país. É um jeito bem comum de explorar a Namíbia (as estradas são lindas!). Se você não estiver disposto a dirigir pode contratar alguma agência de viagem que faça o tour pelo país. Por ser um destino popular na África não faltam opções. A Gadventures e a Intrepid têm roteiros de viagem em grupo bem legais por lá.
Aluguel de carro
Fizemos algumas pesquisas de empresas de aluguel de carro na Namíbia. Como queríamos um veículo com barraca de camping em cima, isso limitou um pouco as opções, já que nem todas as empresas oferecem esse tipo de veículo.
Ainda tivemos outro limitante que é a quantidade de dias que ficaríamos na Namíbia, já que algumas empresas não alugam veículo por menos de determinados dias. Como ficaríamos apenas três dias, precisaríamos do carro por menos tempo.
Seguem algumas empresas que pesquisamos e que oferecem o serviço de carro com a barraca em cima:
Acabamos alugando o carro com a Autovermietung Savanna, porque era a que tinha disponibilidade de veículos, não tinha limitação de dias para aluguel e tinha o melhor preço nessas condições.
Há duas possibilidades de aluguel que vimos que as empresas geralmente trabalham na Namíbia, com quilometragem ilimitada ou limitada. As empresas passam a cotação em NAD (moeda local) por excesso de quilometragem. Nós fizemos a conta aproximada da quilometragem que gostaríamos de percorrer e vimos que para nós, mesmo excedendo o limite, seria mais vantajoso alugar o carro com a quilometragem limitada e pagar o excedente.
Vale a pena você cotar com todas as empresas, fazer as contas e ver o que é mais vantajoso. Isso, porque há uma diferença significativa de preço entre as empresas e se a sua viagem for mais longa pode ser que a quilometragem ilimitada valha mais a pena.
O transfer do aeroporto para a Autovermietung Savanna, onde pegamos o carro para aluguel, está incluso a depender da quantidade de dias que você for alugar o veículo. Quando o transfer não está incluso, é possível combinar com a empresa para que eles te busquem no aeroporto por N$550 para quatro pessoas (o equivalente a aproximadamente R$155), sendo N$90 por pessoa adicional (o equivalente a R$25). Um táxi normal saindo do aeroporto te cobrará N$400 (o equivalente a aproximadamente R$112) para fazer esse mesmo trajeto.
Alugamos uma Toyota Land Cruiser 4×4 e super recomendamos. Embora as estradas sejam muito boas, elas são boas para um carro alto e resistente. Além disso, dentro do Parque Nacional Namib-Naukluft (Namib Naukluft National Park) em Sossusvlei tem uma parte arenosa para chegar ao Deadvlei, que pode ser feita apenas em carros 4×4 (se não certamente você vai atolar) ou você pode pagar para fazer esse trajeto arenoso de trator.
Na Autovermietung Savanna eles explicam direitinho todas as funcionalidades do carro, como abrir a barraca e os equipamentos que vem nele. Basicamente, além da barraca, já com o colchão, o aluguel incluía travesseiros, lamparina, gás com cooktop, panelas, talheres, xícaras e prato, detergente e bucha, e outros equipamentos de cozinha. Além disso, o carro vinha equipado com uma geladeira, uma mesa e duas cadeiras. O carro que alugamos tem dois tanques de diesel, dando uma boa autonomia.
No geral, o carro funcionou bem. Tivemos apenas dois inconvenientes: (i) no último dia a geladeira estragou e o resto de comida que tinha dentro tivemos que jogar fora; e (ii) a escada para subir na barraca desencaixou em um dos lados também no último dia, ela ficou meio bamba, então tínhamos que descer com muito cuidado.
Ficamos preocupados da empresa nos cobrar o valor do depósito por esses problemas, embora não tenham ocorrido por nossa causa. No entanto, eles disseram que poderíamos ter contatado a empresa que alguém iria onde estávamos para fixa-los e, em razão desses problemas, a empresa não nos cobrou pela quilometragem extra.
Para rodar tranquilamente pelo país recomendamos que você tenha um GPS. Quando chegamos em Windhoek paramos em um supermercado onde compramos um chip de celular (somando o chip e o plano de 1GB que pegamos deu algo como R$ 12) para ter acesso à internet e, consequentemente, o GPS (Google Maps, Waze, etc). No próprio aeroporto tem duas opções de loja que vendem chip logo na saída de desembarque. Nós não compramos o chip no aeroporto porque elas estavam muito cheias, mas compramos no primeiro supermercado que paramos (chamado Superspar).
Usamos apenas o Google Maps na Namíbia, porque percebemos que funcionava melhor do que o Waze. É importante dizer que, embora no geral tenha funcionado bem, em lugares mais remotos a internet não pega.
Onde ficar na Namíbia
Como alugamos carro com barraca não ficamos em hotéis na Namíbia. No entanto, fizemos uma seleção dos hotéis que achamos interessantes no trajeto que fizemos e que pode servir de base para você organizar sua viagem:
Hotéis e pousadas em Swakopmund:
- Desert Sands Boutique B&B | Self-Catering
- Japie’s Yard Wanderers Inn
- Duneside Accommodation
- Beach Hotel Swakopmund
- Jetty Self-Catering
- Sea Wind Self Catering Cottages
Hotéis e pousadas em Sesriem:
Hotéis e pousadas em Rehoboth:
Se você reservar alguma das pousadas usando um dos links acima o blog ganha uma pequena comissão e você não paga nada a mais por isso.
Sobre os campings, não fizemos reserva prévia em nenhum deles, mas conseguimos ficar em todos os campings que vimos que gostaríamos de ficar. Basicamente, antes de sair do Brasil traçamos a rota de carro e anotamos alguns campings que tinham no caminho para, caso não conseguíssemos acampar em algum deles, termos outras opções.
Em Swakopmund ficamos no Tiger Reef Campsite, em Sesriem ficamos no Sesriem Camping e a caminho de Windhoek, perto de Rehoboth, acampamos no Lake Oanob Resort.
Como é acampar na Namíbia
É muito comum o turismo de campismo na Namíbia. Você verá varias pessoas fazendo o mesmo que você, se optar por acampar, e não faltarão campings no caminho. As vezes andávamos longas distâncias de carro sem ver postos de gasolina, mas sempre tinham placas de camping.
Além disso, na estrada você verá que tem locais públicos para camping, com banquinhos e mesa, caso você opte por acampar selvagem.
No geral, não ouvimos falar de problemas com relação à segurança em acampar no país, exceto por um relato que vimos no Facebook a respeito do primeiro camping que ficamos. No entanto, vimos que após esse acontecido a segurança do camping havia sido reforçada e optamos por dormir lá. Não nos sentimos inseguros em nenhum momento. Muito pelo contrário, sentimos que a Namíbia é um país muito amigável para o turismo.
No entanto, se você não quer passar por um leve perrengue, é melhor reservar um hotel.
Para acampar, todos os dias antes de dormir você terá que abrir e montar a barraca e ao acordar organizar tudo novamente (veja o vídeo acima a partir do 0:50). Paramos em campings que não tinham eletricidade onde estávamos estacionados, então, além de abrir a barraca você terá que fazer isso no escuro se chegar no camping já à noite.
O carro que alugamos vinha com todo o equipamento para cozinhar e, no primeiro dia de camping, resolvemos fazer um jantar um pouco mais elaborado. Nos outros dias preferimos fazer coisas mais práticas como sanduíches e omelete.
Em todos os campings que ficamos os banheiros tinham eletricidade, então conseguimos tomar banho quente. Eventualmente você verá um bichinho ou outro no banheiro, mas nada assustador.
Embora seja muito quente de dia, na Namíbia faz frio à noite. Não levamos isso a sério e, por isso, não levamos saco de dormir, o que foi um erro. Mesmo dormindo com blusa térmica, calça e casaco nós sentimos frio em algumas noites. Algumas locadoras disponibilizam saco de dormir para você alugar, o que recomendamos.
Quanto você vai gastar na Namíbia
Achamos a Namíbia um destino em conta. Para facilitar e te ajudar a estimar quanto você vai gastar, listamos todos os custos que tivemos durante a viagem, exceto pela passagem de avião (valores em R$ consideram o câmbio da época):
Primeiro dia:
- Aluguel do carro: R$ 717 (NAD 3.015).
- Diesel: R$ 417 (NAD 1.754).
- Chip de celular: R$ 2,37 (NAD 9,95).
- 1 GB de internet: R$ 9,52 (NAD 40).
- Suprimentos no supermercado (ver o dia 1 do roteiro para ver o que compramos): R$ 173,26 (NAD 728).
Segundo dia:
- Diária no Tigerreef Camp: R$ 85,68 (NAD360).
- Jantar no fim do segundo dia: R$ 66,88 (NAD 281).
Terceiro dia:
- Diária Sesriem Camp: R$ 166,60 (NAD 700).
- Entrada no parque onde ficam as dunas e o Deadvlei (por pessoa): R$ 40,46 (NAD 170). Considere mais NAD 10 por carro.
- Diesel (40 litros): R$ 141,37 (NAD 594).
- 3 Red Bull, 1 creme para o corpo e chocolate: R$ 31,42 (NAD 132).
- Entrada no Lake Oanob (duas pessoas): R$ 14,28 (NAD 60).
- Diária no campsite do Lake Oanob: R$ 38,08 (NAD 160).
- Safari no Lake Oanob: R$ 23,80 (NAD 100).
- Duas cervejas e duas saladas no Lake Oanob: R$ 41,41 (NAD 174).
Gastamos um total de R$ 1.970 (NAD 8.278) para os três dias que passamos por lá.
O que levar para sua viagem à Namíbia
Fomos para a Namíbia em novembro, quando era o fim da primavera e início do verão. Em termos de roupa, recomendamos que você leve roupas leves para o dia, pois é muito quente, e de frio para a noite (calça e blusa de manga comprida). Não esqueça de levar um casaco e um chapéu ou boné.
Se você for acampar leve lenços umedecidos e álcool em gel, as vezes você vai ter tomado banho e só para abrir a barraca e fechar o carro já vai se sujar.
Além disso, leve saco de dormir, carregador portátil e lanterna.
Como país é muito seco e quente, não esqueça o protetor solar, protetor labial e hidratante. Quando chegar compre muita água mineral para beber.
Roteiro pela Namíbia
Dia 1
Chegamos em Windhoek, capital da Namíbia no início da tarde. Não tínhamos combinado com a empresa de aluguel de carro o transfer do aeroporto. No entanto, como o transfer estava lá para buscar algum outro passageiro, conseguimos pegar uma carona até a Autovermietung Savanna.
Demoramos aproximadamente 1h20 na Autovermietung Savanna para acertar o que estava faltando e fazer o check list do que vinha no equipamento de camping.
Alugamos o carro com camping em cima, que foi nossa hospedagem nos próximos dias.
Saindo da locadora de veículos fomos a um supermercado perto chamado Superspar. Aproveitamos o Wi-Fi da locadora para colocar o endereço do supermercado no google maps.
No supermercado fizemos uma boa compra que nos rendeu praticamente o café da manhã, almoço e jantar dos próximos dias. Além de frutas, verduras, pão e outras comidas, compramos água, um pack de cerveja e vinho. Gastamos aproximadamente 780 NAD (o equivalente a aproximadamente R$ 215). No próprio supermercado compramos um chip de telefone de 1GB que facilitou nossa viagem.
A geladeira funcionou super bem, manteve a comida fresca e ainda conseguimos gelar a cerveja e o vinho que bebemos no meio do deserto da Namíbia graças a ela.
De Windhoek seguimos viagem para Swakopmund. Pegamos a estrada por volta de 18h30, quando o sol estava começando a se por. O por do sol deixou a estrada ainda mais bonita. A estrada é totalmente asfaltada e em excelente condição. Paramos para abastecer no meio do caminho (para encher os dois tanques – 117 litros de diesel – gastamos aproximadamente R$ 417) e vimos alguns postos de gasolina no trajeto, ou seja, você não vai ficar na mão se precisar abastecer durante esse percurso (na estrada para Sossusvlei não vimos nenhum posto de gasolina).
Chegamos no Tiger Reef Campsite por volta de 22h30. Ficamos com medo de não conseguir acampar lá pelo horário e por não termos feito reserva, mas deu tudo certo. Chegando no camping o segurança nos recebeu, fizemos um cadastro rápido e ele nos mostrou onde poderíamos estacionar o carro. O camping era ótimo, a área de estacionar de cada acampamento é separada e tem mesa e cadeira já montados, o que facilitou nossa vida para cozinhar. O banheiro do camping também era muito bom, com chuveiro separado, espaçoso e com água quente. O camping também tinha uma pequena área com pias para lavar louça.
Não vamos mentir que para cozinhar na escuridão e montar a barraca deu um trabalhinho, mas valeu a pena.
No dia seguinte nosso plano era andar de kayak com os leões marinhos. Acordamos por volta de 9h, já que no dia anterior dormimos tarde. Até desfazer a barraca, arrumar as coisas e fazer um sanduíche demoramos praticamente uma hora. Chegamos em Walvis Bay, no lugar que faz o passeio de Kayak (Pelican Point Kayaking), por volta de 10h30 e fomos informados que o horário de encontro do passeio é 7h30, para sair às 8h, com duração de 4h.
Como perdemos o horário do passeio, o pessoal recomendou que déssemos uma volta de carro na costa de Walvis Bay até o deserto de sal, onde fica uma refinaria. A maré estava bem seca, a praia cheia de flamingos e pelicanos. No final da praia tem umas salinas no meio do deserto. As paisagens são incríveis.
De lá descemos para Sossusvlei. A estrada no deserto, contrastando com o céu azul fazem ser difícil não parar toda hora para tirar uma foto.
Ficamos com muita vontade de parar no meio do nada e acampar para tirar fotos noturnas, mas como tínhamos pouco tempo na Namíbia seguimos direto para o nosso destino.
Apenas o início da estrada saindo de Walvis Bay é asfaltada, o restante do caminho é estrada de chão, mas em ótimas condições. Conseguimos atingir 100km/h em boa parte do trajeto, que dura aproximadamente 5 horas. Não vimos nenhum posto de gasolina até a parade de Solitaire. Como o carro vem com dois tanques de diesel, não tivemos problema por falta de combustível no caminho.
Sobre o camping em Sesriem, não tínhamos reservado porque acompanhamos a viagem do “Lipe o pequeno viajante” na Namíbia e no post deles sobre a viagem eles disseram que os campings têm muita disponibilidade, ainda que constem como indisponíveis pelos sites. Com isso, fomos para a Namíbia sem reservar absolutamente nenhum camping, o que foi bom, pois conseguimos ir fazendo nosso roteiro e mudando o trajeto conforme íamos fazendo o que planejamos. Por exemplo, tínhamos planejado passar duas noites em Sossusvlei, como completamos tudo o que queríamos fazer resolvemos fazer uma parada adicional em uma dessas noites em um lago perto de Windhoek (ver dia 3).
Com isso, fizemos uma pequena lista dos campings no caminho aonde pararíamos e fomos na fé. Quando pousamos em Windhoek até enviamos um e-mail para o Sesriem Camping para tentar reservar um espaço para a noite seguinte, mas fomos informados que o camping já estava cheio. Queríamos muito ficar lá para curtir o nascer e o pôr do sol. O principal benefício do Sesriem Camping é o fato de ficar dentro do Namib-Naukluft National Park, o que permite que os hospedes acessem o parque em horários diferenciados. O parque abre às 6h15 para visitantes e fecha às 19h, já para quem está no camping abre às 5h15 e fecha às 20h. Vale a pena checar quando você chegar o horário de funcionamento do parque, pois ele varia conforme a temporada. Aproveitamos cada segundo desse tempo extra.
Chegamos no camping aproximadamente 17h45, o segurança disse que eles estavam cheios, mas tinha como acamparmos em um cantinho sem eletricidade. Passamos a entrada do camping e fomos direto para o parque ver o pôr do sol sob a duna Elim.
A duna Elim fica logo após a entrada do parque, escolhemos ela porque já estava quase na hora do pôr do sol e tínhamos lido que ela é uma das mais lindas para ver o cenário de fim de tarde. De fato o pôr do sol por lá é lindo. A subida é longa e cansativa, mais ainda porque fomos correndo para chegar a tempo. Lá de cima tem uma vista linda do Vale. Depois do pôr do sol ele fica com o céu incrível em tons de azul e rosa. Não esqueça de levar uma garrafa de água em razão do tempo seco e o cansaço da subida. Esquecemos de levar água para subir a duna, mas levamos uma cerveja para curtir o pôr do sol lá de cima.
Descemos a duna Elim umas 19h40 para nos localizarmos no camping. Chegado lá a recepção estava fechada, conversamos com o pessoal do restaurante do camping que contataram o segurança para nos guiar onde poderíamos estacionar, que basicamente era em qualquer lugar, já que sem reserva todos os locais com eletricidade estavam ocupados.
Como estávamos cansados do dia e gostamos do pessoal do restaurante, acabamos jantando por lá. A comida do restaurante é boa, tem algumas opções de carne com acompanhamento e duas opções vegetarianas. Aproveitamos para carregar as baterias no restaurante, já que estávamos sem eletricidade, e usar o adaptador deles (recomendamos que você leve do Brasil ou compre um adaptador quando chegar na Namíbia se você precisar de eletricidade, pois a tomada é diferente da brasileira. A tomada da Namíbia é a mesma de outros lugares que visitamos na África – África do Sul, Zimbábue, Botsuana e Zâmbia).
O Sesriem Camping é bom, tem uma estrutura de restaurante, segurança e uma lojinha. Só o banheiro que não é tão bom.
Dia 2
Prepare a câmera fotográfica para esse dia.
Acordamos 4h40 da manhã para ver o nascer do sol na Duna 45. Apenas desmontamos a barraca e fizemos um sanduíche para chegar lá a tempo.
O trajeto da entrada do parque até a duna 45 é de aproximadamente 45km. Até lá o caminho é todo asfaltado e de fácil acesso. A subida não é tão pesada quanto a duna Elim. Chegamos no topo da duna aproximadamente 6h05 da manhã. Vimos o nascer do sol, que é incrível e descemos correndo do cume pela lateral da duna.
Saindo da duna 45, fomos em direção ao Deadvlei. Grande parte do trajeto da Duna 45 até o Deadvlei é na areia. É impossível chegar lá se não for em um carro 4×4 (nosso carro atolou duas vezes). Tem uma placa no caminho que diz quando começa o trecho de areia e assinala só ser possível fazê-lo em carro 4×4. Chegando nessa placa tem um estacionamento onde as pessoas deixam o carro e pegam um caminhão que leva até a entrada do Deadvlei. Então se você não está com um carro apropriado para isso, é só conversar com o pessoal que fica por lá para fazer esse transporte. Se você for de 4×4, na entrada do Deadvlei tem outro estacionamento.
Chegando lá, são aproximadamente 20 minutos de caminhada para avistar Deadvlei. Você vai se sentir em um quadro do Salvador Dali, a paisagem é incrível. Os troncos contrastando com a argila branca do solo e as dunas criam um cenário perfeito.
Também dá para chegar ao Deadvlei por cima das dunas. Como já tínhamos subido a duna Elim no dia anterior e a Duna 45 antes de ir para lá, preferimos ir direto para o Deadvlei pelo caminho mais rápido.
Outra duna bastante visitada é o Big Daddy, por ser a mais alta duna da região de Sossusvlei, com 325 metros de altura. Muita gente encara a subida para ter uma vista incrível do parque (não esqueça de levar água).
Voltamos para o camping depois do passeio e paramos no restaurante para checar os e-mails e tirar um cochilo no carro. Tínhamos planejado passar mais uma noite em Sossusvlei, mas como já tínhamos feito praticamente tudo o que queríamos, resolvemos seguir caminho em direção à Windhoek e acrescentar uma parada no Oanob Lake, onde passaríamos à noite. A parada em Oanob Lake adiantaria bastante o caminho de volta que faríamos completo no dia seguinte. Logo na saída do camping paramos em um posto para abastecer.
A estrada de Sossusvlei para o Oanob Lake é muito bonita, você passará por macacos na beira da estrada e por montanhas lindas. Além disso, a estrada é em boas condições.
Demoramos aproximadamente 3h30 no trajeto, além do tempo para as fotos. Chegamos no camping no fim da tarde. A entrada para acesso ao camping e ao lago é de 30 NAD por pessoa e deve ser paga mesmo por quem não vai acampar por lá.
O lago é lindo e tem um restaurante na beirada bem gostoso, com piscina e um cardápio variado. Além disso, é possível andar Kayak, fazer passeio de barco e pedalinho no lago.
Dentro do camping tem um safári que pode ser feito de carro ou hiking. Acabamos optando por dirigir pelo Safari. Vimos algumas zebras, mas no fim achamos que não valeu tanto a pena assim.
Depois ficamos curtindo o fim de tarde na beira do lago.
A estrutura do camping é muito boa, o banheiro é bom, com água quente, só não é muito espaçoso. O lugar que acampamos tinha uma lamparina, um balcão, uma entrada de energia elétrica e as árvores faziam sombra.
Dia 3
No dia seguinte iríamos pegar o voo para Johannesburg para subir para Victoria Falls.
Como ainda tínhamos que devolver o carro na locadora, optamos por sair do camping logo cedo pela manhã e voltar para Windhoek.
O caminho de Oanob Lake até Windhoek dura aproximadamente 1h.
Devolvemos o carro na empresa super rápido e sem maiores problemas (veja o tópico sobre onde alugar carro na Namíbia para mais informações). Da empresa de aluguel de carro pegamos um transfer para o aeroporto. O transfer custou 560 NAD. Tínhamos visto que o valor do transfer no aeroporto era de 400 NAD, mas como não sabíamos se conseguiríamos pegar um táxi de lá ou quanto tempo demoraríamos para devolver o veículo preferimos deixar o transfer já combinado.
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