Quando planejar nossa viagem para Machu Picchu tínhamos bem clara uma ideia: Queríamos caminhar por conta própria para chegar em um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo!
E foi isso o que fizemos! Nesse post reunimos todas as informações que você precisa saber para fazer o trekking Salkantay sem guia e também sem precisar carregar o peso da barraca, do saco de dormir e da comida por todos esses quilômetros de caminhada. Também vamos listar item a item quanto custa fazer essa aventura solo para você considerar se vale a pena.
Antes de mais nada, um ponto que merece atenção é você comprar com antecedência os ingressos para Machu Picchu. Vimos os ingressos 2 semanas antes e conseguimos um ingresso muito ruim, que não contempla o circuito principal de Machu Picchu. Durante a nossa passagem pela região ouvimos de vários viajantes que não conseguiram conhecer o sítio arqueológico porque não conseguiram ingresso. Então não deixa pra última hora! Praticamente sua única preocupação para fazer esse trekking por conta própria é comprar com antecedência o ingresso para Machu Picchu.
Confere aqui o nosso vídeo dessa experiência completa, com todos os detalhes que você precisa saber para fazer o Salkantay Trek:
Dito isso, vamos para o que interessa.
Leia também: San Pedro de Atacama: Onde comer, onde se hospedar, compras e passeios!
Dá para fazer o Salkantay sem guia mesmo?
Uma das diferenças entre a trilha Inca e Salkantay (ambas com destino final sendo Machu Picchu) é que a trilha Inca você só consegue fazer com guia, já Salkantay não tem essa obrigatoriedade. Você pode sim fazer por conta própria.
Vale dizer que se você não tem experiência com trilha é sempre melhor ir com um grupo ou agência especializada!
Quantos dias dura a trilha Salkantay?
Você pode fazer em 4 ou em 5 dias:
Claro que o gráfico acima é ilustrativo, você pode fazer o roteiro que achar melhor, seja em 4 ou 5 dias, mas geralmente essas são as paradas que são feitas nos roteiros convencionais. Eu super recomendo que você faça a trilha em 5 dias, porque vale muito a pena conhecer o Lago Humantay e também é um dia a mais que você ganha para se aclimatar para a Montanha Salkantay.
Leia também: Salar de Uyuni por conta própria (sem guia)
Como se prevenir do mal de altitude (soroche)?
Algumas pessoas (por fatores genéticos ou de aclimatação) tendem a se sentir mal em elevada altitude em razão da falta de oxigênio, é o chamado mal de altitude (ou soroche). Alguns sintomas do soroche são dor de cabeça, falta de ar, pressão baixa, tontura, sono e vômito.
Algumas dicas pra quem vai para algum destino de altura:
- Beba muita água antes e durante a sua viagem! A conta é um litro por 1000 metros de altura, então se você vai para um destino de 4000m, o ideal é tomar 4 litros de água por dia, começando uma semana antes da sua viagem. Hidratação é muito importante pra evitar o soroche.
- Evite alimentação pesada! Quando você consome alimentos que precisam de muita energia para digerir (como alimentos gordurosos) seu organismo vai se concentrar na digestão ao invés do cérebro, o que acentua os sintomas do mal de altitude.
- Evite o consumo de álcool! O álcool gera desidratação.
- Aclimatação: Considere 1 ou 2 dias de descanso ou atividade leve quando chegar no destino e faça um roteiro que vá das atrações mais baixas para as mais altas para ir gradualmente se aclimatando.
No mais, não adianta sofrer por antecipação. Planeje a sua viagem sem medo, se hidratando antes, que vai dar certo!
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Como chegar no início da trilha?
Aqui você tem duas opções:
- Transporte público: Você vai pegar uma van de transporte público + um táxi para o início da trilha.
- Valor: 20 soles a van + 20 soles o táxi;
- Saída todos os dias a partir das 4h30;
- O ponto de saída exato da van está no aplicativo Maps.Me.
- Van de turismo: Você vai pegar carona em uma van que está indo fazer passeio em Mollepata ou Soraypampa.
- Valor: 60 soles (com café da manhã bem mais ou menos incluído);
- Tem a facilidade de você poder combinar o ponto de partida da van (eles podem te buscar no seu hotel dependendo da região de Cusco que você estiver hospedado) e você pode ir direto para Soraypampa e diminuir um pouco a caminhada desse primeiro dia de trekking.
O ponto de partida da trilha Salkantay é Mollepata. A forma mais econômica de chegar até o início da trilha é de transporte público. Tem uma van que sai todos os dias a partir das 4h30 em um ponto no centro de Cusco marcado no aplicativo Maps.Me. A van sai de tempos em tempos, sempre que enche. De Mollepata você vai pegar um táxi para percorrer uns 7km até o início da trilha. A van custa 20 soles por pessoa e o táxi mais aproximadamente 20 soles.
Uma dica: Antes de fazer a trilha vale baixar o Maps.Me! Lá tem não só o ponto de partida da van, como a marcação da trilha.
Nós optamos por um plano B: Ao invés de pegar a van pública, nós fechamos com uma agência chamada Vertigo Travel Peru para fazer o transporte direto para Soraypampa. Fizemos isso por 2 motivos: O primeiro foi comodidade, achamos que seria mais prático pegar uma van direto para o início da trilha; E a segunda foi porque nos dias seguintes à Salkantay tínhamos uma trilha de muitos km para fazer. Daí achamos melhor nos poupar nesse primeiro dia de trilha e também achamos que não perderíamos tanta coisa fazendo o trajeto de transporte direto para Soraypampa.
Nossa experiência com transporte por agência para Soraypampa
Um dia antes do que tínhamos programado para fazer a trilha, saímos no centrinho de Cusco e paramos em várias agências para entender esse transporte.
Basicamente o que essas agências fazem é te encaixar em uma van que está indo fazer o passeio para a Laguna Humantay, que inclusive vai ser o seu destino no primeiro dia de trekking.
Todas as agências que passamos estavam cobrando entre 60 e 70 soles. Fechamos com uma agência que o cara foi super gente boa conosco e nos cobrou 60 soles para fazer o transporte, incluindo o café da manhã em Mollepata, antes de seguir para Soraypampa. Detalhe: Descobrimos que todos os passeios fazem essa parada para o café da manhã, então embora a gente quisesse poupar tempo, de fato ficaríamos com fome e com qualquer agência teria essa parada.
Ficou combinado da van nos buscar 5h em uma praça central em Cusco. Quando chegamos para pegar a van o cara responsável foi super grosso conosco. Outra decepção foi o café da manhã! Péssimo. No fim pagamos mais no intuito de ter mais comodidade e achamos a prestação do serviço bem ruim.
Talvez tenha sido só a nossa experiência com uma agência em Cusco, mas vale ter em mente que talvez o transporte público até valha mais a pena.
Se estiver de carro em Cusco, onde deixá-lo durante a trilha?
Nós viajamos de motorhome, por isso temos um cuidado redobrado com onde vamos deixar o nosso caso, já que a casa vai junto.
Cusco nos parece ser um lugar seguro, mas achamos que seria melhor deixar a van em um estacionamento durante a trilha para Salkantay.
O melhor custo benefício que encontramos foi o Camping LaLa. Você pagar 12 soles por noite para deixar o carro. É uma área bem grande, então se você está viajando de motorhome certamente cabe lá.
Precisa reservar hospedagem antes?
Nós fomos na cara e na coragem e não reservamos com antecedência, fechamos todas as hospedagens na hora, exceto a de Aguas Calientes. Isso, porque não encontramos contato de todas as hospedagens e, as que encontramos e tentamos contato, não nos responderam. Por isso o jeito foi ir sem reservar.
Mas para facilitar a sua vida, a gente pegou o contato atualizado de todas as hospedagens para você reservar com antecedência.
Vale dizer que, se você não conseguir reservar com antecedência, é bem provável que consiga na hora também, então não esquenta a cabeça (exceto por Aguas Calientes, que vale reservar antes).
O que levar no Salkantay Trek?
- Papel higiênico
- Itens de higiene pessoal, como sabonete e shampoo
- Protetor solar
- Repelente
- Toalha de secagem rápida
- Carregador portátil
- Garrafa de água (aproveita o cupom 10% de desconto no site da Stanley: GETSTANLEY)
- Óculos de sol
- Bota de trilha confortável
- Chapéu/bone
- Camisa com proteção UV (usamos essa daqui da TNF e é ótima!)
- Jaqueta impermeável
- Jaqueta de pluma
- Gorro
- Calça conversível
- Fleece
- Mochila confortável
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Como é e quanto custa fazer Salkantay por conta própria?
Resumo do que você precisa saber:
Foi um total de 74km de caminhada que fizemos em 5 dias. O roteiro que percorremos foi esse:
- Dia 1 – Soraypampa – Laguna Humantay – Sorypampa: Nesse primeiro dia fomos direto para Soraypampa, encontramos um lugar para passar a noite, e já seguimos para a Laguna Humantay. Esse é o único dia que a trilha é de ida e volta. Vale dizer que a Laguna Humantay está a 4100m de altitude, então é bom aclimatar em Cusco antes. KM percorridos: 5,5km
- Dia 2 – Sorypampa – Chaullay: O ponto alto desse dia é Abra Salkantay, a 4.629 metros de altura. KM percorridos: 19,7km
- Dia 3 – Chaullay – Lucmabamba: Lucmabamba é o lugar que tem hospedagens mais legais e a melhor comida do trekking! Lá é conhecido pelo café, então se você chegar com ânimo pode fazer a rota do café (na hospedagem que ficamos tem). KM percorridos: 19,6km
- Dia 4 – Lucmabamba – Aguas Calientes: O ponto alto desse dia é Llaqtapata, onde ficam umas ruínas incas e de onde você consegue avistar Machu Picchu bem longe. Nesse dia super recomendamos dar uma parada na casa de uma senhora que vende café, suco e pão com abacate pouco antes do ponto mais alto da trilha (a 800m de Llaqtapata). KM percorridos: 24km
- Dia 5 – Aguas Calientes – Machu Picchu: Dia mais tranquilo e curto, de subida até Machu Picchu. KM percorridos: 5,5km
Onde se hospedar?
- Soraypampa: Salkantay Hostel – +51 84 287711 ou +51 974229695
- 50 soles acomodação em quarto privado + 15 soles jantar + 15 soles café da manhã = R$114 por pessoa (não tem wifi e não pega sinal de celular, para ducha quente são mais 10 soles)
- Chaullay: Lodging Andrew – +51 901 451 315
- 50 soles acomodação em quarto privado já incluído o café da manhã, jantar, ducha quente e wifi = R$71,5 por pessoa
- Lucmabamba: Lucmabamba Lodge – +51 957 505 578
- 60 soles acomodação em quarto privado já incluído o café da manhã, jantar, ducha quente e wifi = R$85,5 por pessoa
- Aguas Calientes: Ai tem várias opções no Booking. Nós ficamos no Hotel Andino Machu Picchu, reservamos pelo Booking.
- USD40 no quarto para 3 pessoas com café da manhã, wifi e banho quente = R$68 por pessoa
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Quanto você vai gastar no total?
- R$339 por pessoa de hospedagem, jantar (exceto do dia de Aguas Calientes) e café da manhã + o preço do transporte para o início da trilha que varia de R$57 a R$85 + R$28 para entrada em Mollepata.
Dia 1: Soraypampa – Laguna Humantay – Sorypampa
Saímos de Cusco por volta de 5h20 e, mesmo com a parada do café da manhã, chegamos em Soraypampa para começar a caminhada às 9h20. Antes de entrar tivemos que pagar 20 soles (R$28) de entrada em Mollepata (nacionais pagam 10 soles).
Como não reservamos nenhuma acomodação pelo caminho, a não ser em Águas Calientes, a primeira coisa que fizemos foi ir em busca de uma acomodação para passarmos a noite em Soraypampa.
Encontramos uma hospedagem bem no início da trilha para a Laguna Humantay. Demos uma olhada nas hospedagens próximas, mas a que olhamos primeiro nos pareceu melhor e resolvemos ficar por lá mesmo. Deixamos a mochila pesada na hospedagem e seguimos com uma mochila mais leve para a trilha para conhecer a Laguna Humantay.
Desde onde a van nos deixou até a Laguna Humantay deu 3,5km, já a volta deu 2,3km, já que a hospedagem que encontramos ficava bem no início da trilha.
A Laguna Humantay é incrivelmente linda! Uma lagoa esverdeada com a Montanha Humantay (5960m) de fundo. Nessa caminhada você chega até 4100m de altitude, então é bom se previnir contra o mal de altitude.
Uma dica de ouro: Até umas 13h a laguna estava lotada de turistas. Esperamos um tempo e depois das 13h todas as excursões já tinham ido embora e praticamente só tínhamos nós.
Um pouco antes de chegar na lagoa tem uma vendinha que vende bebidas e alguns snacks.
Na volta conseguimos um almoço (arroz com ovo e vinagrete) por 5 soles em um lugar que serve como hospedagem para grupos logo no fim da trilha. O Ancelmo (cozinheiro que trabalha lá), foi super querido e nos recebeu muito bem.
Voltamos para tomar um banho (gelado, mas você pode pagar 10 soles pelo banho quente), jantar na hospedagem mesmo (e a comida estava deliciosa) e descansar para a caminhada do dia seguinte.
Sobre a hospedagem: Salkantay Hostel
Tem umas cabanas privativas, estilo iglu, e quarto compartilhado. Na hospedagem eles oferecem café da manhã e jantar. O banheiro é compartilhado, não tinha papel higiênico quando fomos, então vale levar na mochila. Também não tem sabonete ou shampoo.
Quando chegamos na hospedagem o Davi (que toma conta de lá) nos disse que tinha toalha para alugar, mas quando chegamos no fim do dia ele disse que já não tinham mais toalhas e ficamos na mão. Tem água quente para tomar banho (paga a parte). Não tem Wi-Fi e não pega sinal de celular.
Resumo da ópera: Não esquece de levar uma toalha de secagem rápida e itens de higiene pessoal como sabonete e papel higiênico.
A hospedagem em geral é bem ok. Tem cobertor para ajudar no frio à noite e a comida é boa. Não levamos saco de dormir e durante todo o trekking (que fizemos no inverno) não sentimos necessidade.
Tem um mercadinho onde você consegue comprar água e lanche para a trilha.
Dia 2: Sorypampa – Chaullay
Acordamos 5h10 para tomar café da manhã às 5h30. O café da manhã da hospedagem foi super bem servido, com um mingau de aveia, ovos mexidos, pão e café ou chá. Começamos a caminhada 6h30 rumo à Abra Salkantay.
A trilha já começa com a subida para o ponto alto. Sinceramente, ouvi muitos relatos de que a subida era difícil e tudo, mas não achamos nada de outro mundo. Se você está com o condicionamento físico em dia e já está aclimatado vai tirar de letra!
Passamos pela Laguna Salkantay, até chegar em Abra Salkantay, a 4.629 metros de altura. O caminho é muito bonito, com vista para as montanhas. Fizemos uma boa parada em Abra Salkantay para comer um pão com manteiga e geleia que tínhamos levado do café da manhã.
Nesse dia o clima da caminhada é um pouco mais frio. Pegamos um dia de sol e mesmo assim o gorro, a luva, a jaqueta e o fleece foram importantes, pelo menos quando começamos a trilha e o sol ainda não tinha saído.
Aqui vale dizer que nesse primeiro dia vimos vários grupos e pessoas pela trilha e o caminho é muito bem demarcado.
Seguimos a trilha rumo ao povoado de Chaullay, onde passaríamos a noite. Não levamos muito lanche, porque nosso plano era parar para almoçar.
Por volta de 12h passamos por Wayramachay, onde tinham umas casinhas e uma sinalização de restaurante. Paramos para perguntar e a senhora que tem a uma tendinha com alguns produtos como água e snacks ali nos disse que eles só serviam refeições para tours. Basicamente os cozinheiros dos tours usam os espaços como base para fazer almoço para os grupos. Ficamos bem preocupados, porque não tínhamos levado “almoço”, mas na pior das hipóteses tinham alguns snacks vendendo na tenda da senhora, como chocolates e biscoitos.
O Ale parou em uma das casinhas para confirmar se eles não serviam almoço mesmo e, por sorte, o cozinheiro era o Ancelmo, que no dia anterior havia nos servido o arroz com ovo de almoço em Soraypampa. Ele estava ali para cozinhar para um dos grupos, mas foi super querido e disse que nos serviria almoço. Ele cobrou 10 soles (R$14) pelo almoço que estava maravilhoso! Era uma sopa de verduras com quinoa de entrada e de prato principal veio arroz com um ensopado de carne de soja com legumes e um molho de gengibre e batata frita, e um refresco de limão para acompanhar.
Demos uma descansada depois do almoço, antes de seguir a nossa caminhada.
Chegamos em Chaullay por volta de 16h para encontrar um lugar para dormir. De cara o primeiro lugar que vimos parecia muito bacana e a família que cuida de lá nos recebeu super bem!
Sobre a hospedagem: Lodging Andrew
A hospedagem se chama Lodging Andrew, custa 50 soles por pessoa e esse valor já inclui jantar, café da manhã, ducha quente e Wi-Fi. A internet era ótima por sinal.
A hospedagem é em umas cabanas pequenas, com a cama muito boa. A ducha é boa e a água esquenta bem. O banheiro é compartilhado e seguimos sem papel higiênico no banheiro. O jantar foi ok e o café da manhã muito bom.
A noite foi muito boa e tranquila.
Dia 3: Chaullay – Lucmabamba
Acordamos 5h40 para tomar o café da manhã que seria servido às 6h. O café da manhã foi muito bom, com uma panqueca com doce de leite, banana, omelete, pão, tequeños (tipo um cigarrinho frito com queijo dentro, é maravilhoso) e café ou chá.
Nos enrolamos e acabamos saindo para a trilha por volta das 7h. Esse dia o caminho é muito bonito, passando pelas encostas das montanhas com vista para o rio no vale. Tem uns trechos que vale ter atenção, por serem muito estreitos e altos.
Um detalhe muito importante é que nesse dia começamos a sentir os mosquitos. Fizemos a trilha no inverno e mesmo assim sentimos muitos mosquitos! Fizeram eu me arrepender de usar shorts para a caminhada nesse dia!
Entre 9h e 10h da manhã passamos por uma vendinha bem legal, que tinha café, sanduíche de abacate e algumas frutas colhidas do pé dali mesmo! Você passa por dentro dessa propriedade para seguir a trilha, então pode ficar tranquilo que vai ser visível quando você for fazer a trilha. Tinha uma galera curtindo o sol e descansando da trilha e estava rolando até uma partida de futebol! Pagamos 5 soles pelo café, 3 soles pelo sanduíche de abacate e 1 sol por 2 bananas. Fizemos um lanche e já seguimos viagem.
Seguimos caminhando até um povoado chamado Playa Sawayaco, lá cruzamos a ponte para o outro lado do Rio Santa Teresa. Por volta de 13h chegamos em Lucmabamba, onde iríamos passar a noite.
Sobre a hospedagem: Lucmabamba Lodge
Como nos dias anteriores, não tínhamos reservado hospedagem. Paramos para tomar uma água quando chegamos em Lucmabamba e uma menina muito simpática chamada Kiara nos abordou perguntando se estávamos buscando hospedagem e nos disse que ela tinha uma opção por 60 soles com jantar, café da manhã, quarto com banheiro privativo e ducha quente e Wi-Fi. Gostamos muito dela e resolvemos dar uma chance.
Foram uns 10 minutos de subida para dentro do vilarejo (que já seria o nosso caminho no dia seguinte) até chegar na hospedagem oferecida por Kiara. Chegando lá ficamos encantados! A família da Kiara, sua mãe Alicia e seu pai Júlio, nos receberam com muita simpatia! A hospedagem tem um jardim lindíssimo, quartos muito amplos e limpos, banheiro excelente, até com sabonete, e eles fazem a famosa rota do café para você entender melhor como é feita a colheita e o preparo do café.
A Alicia fez um almoço maravilhoso pra gente por 15 soles e, até ele ficar pronto, nos serviu algumas frutas.
Como nesse dia chegamos cedo na hospedagem, descansamos bastante e curtimos um pouco aquela hospedagem linda!
O jantar mais uma vez estava maravilhoso, aproveitamos para compartilhar uma Cusqueña (cerveja típica daqui, pagamos 12 soles na de 600ml) e fomos dormir cedo para estarmos descansados para o dia seguinte.
A nossa vontade nesse dia era ter passado mais uma noite na hospedagem, de tão legal que foi! Uma paz, com aquele jardim e a comida maravilhosa, feita com ingredientes colhidos ali. Mas tínhamos comprado o ingresso pra Machu Picchu, então tínhamos data pra chegar.
DIA 4: Lucmabamba – Aguas Calientes
Acordamos 5h30 para tomar café às 6h. O café da manhã foi excelente, com mandioca frita, ovos dali mesmo, um bolinho de batata, abacate do quintal e banana frita. O ponto alto foi o café! O café daquela região realmente é muito especial. Estava maravilhoso.
Esse dia a caminhada também é bem puxada, mas tem uma subida logo no início, depois uma descidona e depois a caminhada é praticamente no plano.
A subida desse dia vai até umas ruínas incas chamada Llactapata. Embora seja mais de 700 metros de elevação até lá, essa parte da caminhada intercala subida com trechos planos, então não fica uma caminhada tão exaustiva. Depois de onde termina Lucmabamba, você ainda vai passar por 2 campings.
Depois desse segundo camping tem uma casa com um terraço muito legal oferecendo, café, suco e sanduíche. Nesse vale muito a pena parar! Tem uma vista incrível do vale e o melhor suco de laranja que tomamos! O café e o sanduíche com abacate também estavam ótimos! Pagamos 5 soles no café, 5 soles no suco de laranja e 2 soles no sanduíche com abacate.
Continuamos a caminhada até Llactapata. A vista de lá também é muito bonita e dá para avistar Machu Picchu de longe!
Seguimos caminhando até o trecho da hidrelétrica, que é lindíssimo, e paramos para fazer um almoço antes dos trilhos do trem. Chega esse trecho da caminhada e você vai ver várias vans, barraquinhas e restaurantes, foi ai que paramos para almoçar. Esse trecho da caminhada que vem a seguir, nos trilhos do trem, são os 10km finais antes da chegada em Aguas Calientes. Ai a vibe da caminhada fica bem legal, a paisagem é muito bonita e muita gente faz apenas esse trecho da caminhada para chegar até Machu Picchu, então tem vários viajantes.
Chegamos em Aguas Calientes no fim da tarde, exaustos, tomamos um banho no hotel, que tinha bem mais estrutura que os demais, e fomos em um restaurante maravilhoso, o Incontri del pueblo Viejo, para ótima e merecida refeição. Vai por mim que o nhoque deles com trufa é o melhor da vida!
Sobre a hospedagem: Andino Machu Picchu
Ótima hospedagem, quartos amplos e bem localizado. O preço da diária é bem justo e o café da manhã também é muito bom. Clique aqui para reservar pelo Booking!
Dia 5 – Aguas Calientes – Machu Picchu
Se você caminhou até aqui, o dia da subida até Machu Picchu vai ser mole. Saímos bem cedo do hotel e fomos caminhando até a entrada de Machu Picchu. É uma escadaria que você sobe em aproximadamente 40 minutos.
Se você estiver muito cansado e não quiser fazer a subida caminhando, você pode pegar o ônibus de Aguas Calientes até Machu Picchu que custa USD12 só a ida (ou USD24 ida e volta) para estrangeiros, sendo que crianças (5 a 11 anos) pagam USD7 só ida (ou USD12 ida e volta). Menores de 5 anos não pagam o ônibus.
Não esquece de levar o documento e ingresso para entrar em Machu Picchu. Chegando em Machu Picchu tem uma estrutura muito boa, com uma lanchonete e banheiro que custa 2 soles (R$2,85) para usar. Lá na frente você pode contratar guias que cobram 200 soles (R$280) do grupo. Sinceramente, achei que super valeu a pena, já que lá dentro não tem nenhuma placa explicando o lugar.
Tem tipos diferentes de ingressos que dão acesso a determinados circuitos de Machu Picchu:
Nós só conseguimos comprar o ingresso para o Circuito 3 + Montanha Machu Picchu, todos os outros estavam esgotados. Como o nosso ingresso dava acesso à montanha Machu Picchu, conseguimos percorrer a parte alta do circuito e ir na plataforma onde dá pra tirar umas fotos legais.
Ficamos a manhã inteira curtindo esse lugar mágico e chegar até Machu Picchu caminhando dá um gosto especial pra experiência!
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